Fevereiro é mês de carnaval. Samba , sol, praia, trio elétrico, encher a cara sem vergonha de ser feliz!
É isso aí… Alalaooooooor, mas que caloooooor.
Calor??? Aonde???
Só pra Contrariar. Dicas para escapar do carnaval sem perder o rebolado
Vou expor, nunca fui nem sou esportista. Meu negócio é agito, é musica alta… é musica alta!!! Apesar disso, resolvi que este meu carnaval seria completamente diferente. 3 horas avião para Santiago, mas 3 horas de avião para Punta Arenas e quando achava que já estava próxima do meu destino... mais 5 horas de carro (sendo as duas últimas em estrada de terra) para chegar ao parque nacional Torres del Paine na Patagônia. Imagem o meu mau-humor!!! Até chegar no meu quarto e olhar a vista da minha janela...
Bom, vamos começar do começo.
A Patagônia fica na área mais meridional do planeta, entre a Argentina e o Chile. Suas paisagens predominantes são: pampas e andes patagônicos.
Torres del Paine, o local onde o hotel (www.explora.com) fica, foi declarado Reserva da Biosfera pela UNESCO em 1978.
Ali a paisagem é bem diversa. Torres pontudas de granito e magma que atingem 3.000m de altura (Torres del Paine e Cuernos del Paine) , glaciais (Grey, o Tyndall e o Dickson), quedas d’água e diversos lagos e rios. Vejam o esquema de como tudo aconteceu aí ao lado.
Apesar dos ventos fortes, das temperaturas baixíssimas e das chuvas incessantes fiquei impressionada com a diversidade da fauna e da flora que vi. Em uma breve caminhada uma raposa passou a menos de 1m de mim, vi mais de 100 guanacos (espécie de lhama), um condor, flamingos, gara-gara (carcará), etc.
Em um dia andando (15 km....aiiiiiiiii) vi geleiras, rochas, pampas, bosques... as vezes o cenário mudava tão rápido e sem explicação que não me restava mais nada a fazer do que soltar um Ohhhhhhhh, e bater mais uma foto.
Além de tudo isso grande parte do interesse da minha viagem foi conhecer o hotel Explora. Projetado em 1993 pelo arquiteto José Cruz Ovalle (que eu acho INCRÍVEL). O hotel tem como conceito principal integrar o homem à natureza.
Sua horizontalidade foi a forma com que o arquiteto encontrou para criar um contraponto aos picos extremamente verticais. O branco da fachada e sua sinuosidade irregular buscam similaridade com a neve e os icebergs. Desta forma, o hotel não se sobrepõe a natureza - já que nunca conseguiria - e se fundi a ela.
Para enfrentar o clima da Patagônia (temperaturas que mudam rapidamente, ventos fortes, chuvas) o hotel foi construído em concreto e madeira.
Na parte interna além das imensas janelas que integram o hotel com a paisagem, grande parte é revestida com madeira, magma e granito.
O piso é de Eucalipto procedente do Chile e também de uma madeira chamada Almendrillo que vem da Bolívia.
Como se pode ver os ambientes internos são bem fluidos e aconchegantes.
Dá para se parceber claramente não só os traços de arquitetura na construção, mas os estudos do José Cruz Ovalle relacionados a arte, filosofia e principalmente escultura.
Detalhe do lambril do quarto com Lenga (agora patinada) e sua simplicidade acolhedora.
E por último, mas não menos importante, o banheiro. As paredes são todas revestidas em magma e o teto em cipreste (encontrado na Patagônia). Notem as janelas que dão para o quarto... e para a vista
Ahhh....Nada como terminar o dia tomando um banho de espuma!!!!
*agradecimentos especiais a gerente geral Rosario e à Rodolfo Terrazas , o gerente de engenharia do hotel que respondeu a todas as minhas perguntas.
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