Como a maior parte dos brasileiros de sua geração, Arthur de Mattos Casas conviveu desde muito cedo com a arquitetura. Começou a formar sua consciência estética nos anos 60, quando Oscar Niemeyer assombrava o mundo com as curvas de Brasília, fazendo da arquitetura um assunto popular no país. Apesar disso, Casas se interessou muito mais pela arte con- creta e pela arquitetura de linhas retas que nasciam em seu quintal, a cidade de São Paulo.
A evolução de um repertório de influências absolutamente cosmopolitas é facilmente identificável em suas primeiras obras, dos anos 80: Bauhaus (na interação dos espaços e nos planos de vidro); Herbst (na necessidade de conciliar arquitetura e decoração), Chareau (no detalhismo)… Nesses primeiros trabalhos, é possível ver seu esforço em manter vivo um improvável diálogo entre a elegância de Mallet Stevens e Eileen Gray e o racionalismo dos mestres do modernismo local – Paulo Mendes da Rocha, Villanova Artigas, Rino Levi e Oswaldo Bratke.
Em meio a esse embate particular, o arquiteto passou incólume pelo pós-modernismo dos anos 80 e pelos apelos fáceis da arquitetura comercial dos anos 90. Casas foi conquistando assim uma marca pessoal, um estilo próprio, intransferível. Com essa marca, tornou-se um dos arquitetos mais conhecidos do Brasil. Ficou famoso pela coerência de seus espaços, onde tudo – das linhas arquitetônicas aos objetos que o habitam – remetia ao tal embate particular entre elegância e inteligência.No ano 2000, o arquiteto instalou-se em Nova York. Sob os eflúvios do mercado internacional, redescobriu-se brasileiro. O interesse crescente por formas e materiais típicos de seu país trouxe ao mundo um Brasil diferente, sem a obviedade étnica, sem os tropicalismos fáceis.
Com sua arquitetura e seu design, Casas difundiu um Brasil urbano, moderno. E, sobretudo, internacional. Ser brasileiro e soar internacional é apenas mais uma das ambivalências que caracterizam o estilo de Arthur Casas, um arquiteto que busca nos conceitos do modernismo a permanência dos clássicos, que foge do estilo da moda para permanecer contemporâneo, que parte do racionalismo para chegar à poesia.
João Carrascosa, jornalista
A evolução de um repertório de influências absolutamente cosmopolitas é facilmente identificável em suas primeiras obras, dos anos 80: Bauhaus (na interação dos espaços e nos planos de vidro); Herbst (na necessidade de conciliar arquitetura e decoração), Chareau (no detalhismo)… Nesses primeiros trabalhos, é possível ver seu esforço em manter vivo um improvável diálogo entre a elegância de Mallet Stevens e Eileen Gray e o racionalismo dos mestres do modernismo local – Paulo Mendes da Rocha, Villanova Artigas, Rino Levi e Oswaldo Bratke.
Em meio a esse embate particular, o arquiteto passou incólume pelo pós-modernismo dos anos 80 e pelos apelos fáceis da arquitetura comercial dos anos 90. Casas foi conquistando assim uma marca pessoal, um estilo próprio, intransferível. Com essa marca, tornou-se um dos arquitetos mais conhecidos do Brasil. Ficou famoso pela coerência de seus espaços, onde tudo – das linhas arquitetônicas aos objetos que o habitam – remetia ao tal embate particular entre elegância e inteligência.No ano 2000, o arquiteto instalou-se em Nova York. Sob os eflúvios do mercado internacional, redescobriu-se brasileiro. O interesse crescente por formas e materiais típicos de seu país trouxe ao mundo um Brasil diferente, sem a obviedade étnica, sem os tropicalismos fáceis.
Com sua arquitetura e seu design, Casas difundiu um Brasil urbano, moderno. E, sobretudo, internacional. Ser brasileiro e soar internacional é apenas mais uma das ambivalências que caracterizam o estilo de Arthur Casas, um arquiteto que busca nos conceitos do modernismo a permanência dos clássicos, que foge do estilo da moda para permanecer contemporâneo, que parte do racionalismo para chegar à poesia.
João Carrascosa, jornalista
Chelsea, NY
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